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Isolamento hospitalar: guia prático de cuidados e execução na UTI

isolamento hospitalar
 é uma forma de controle importante para proteger a pessoa doente, outros pacientes, familiares e os profissionais da saúde. Os métodos de isolamento hospitalar também são conhecidos como precauções.

Em geral, o objetivo é evitar contaminações por agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Manuais de precaução de hospitais e órgãos públicos alertam para a necessidade de conhecer os elos da cadeia epidemiológica. Dessa maneira, é possível aplicar as melhores práticas de bloqueio da transmissão.

A cadeia epidemiológica é composta por seis elementos: agente infeccioso, fonte, porta de saída, forma de transmissão, porta de entrada e hospedeiro suscetível.

Existem quatro diferentes métodos de isolamento hospitalar: isolamento padrão, de contato, respiratório por gotícula e respiratório por aerossol. O que os define são os agentes infecciosos confirmados ou suspeitos. Da mesma maneira, cada modelo requer uma série de cuidados, procedimentos e equipamentos para serem implementados.

Entre as doenças que exigem alguma forma de isolamento estão hepatite B, hepatite C, tuberculose, sarampo e varicela. Para evitar a propagação dessas e outras enfermidades, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) listam as 
principais precauções necessárias
.

Como realizar o isolamento hospitalar

O método de isolamento hospitalar padrão é utilizado em casos com risco de contaminação por sangue ou fluido corporal, contato com pele não íntegra e com mucosas. Segundo a Anvisa e o Ministério da Saúde, deve ser seguido por todos os pacientes, independentemente da suspeita ou não de infecção. As recomendações incluem:

  • Higienizar as mãos com água e sabonete ou friccioná-las com álcool a 70% antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções;
  • Usar luvas, máscara, óculos e avental quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas;
  • E descartar seringas e agulhas, sem desconectá-las, em recipientes apropriados.

O objetivo do isolamento hospitalar de contato é evitar a disseminação de bactérias resistentes por contato com o paciente ou ambiente. Nesses casos, além do uso de luvas e avental durante todo o tipo de manipulação com o paciente, alguns equipamentos (como termômetro e estetoscópio) devem ser de uso exclusivo do paciente. Quando houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.

Isolamento respiratório por gotícula

Já o isolamento respiratório por gotícula é indicado quando há possibilidade de transmissão de microrganismos por gotículas maiores que 5 microns. Tosse, espirro ou uma conversa próxima podem gerar a contaminação.

Se não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente só pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. Detalhe: sempre respeitando a distância mínima entre leitos. Recomenda-se não transportar o paciente e utilizar máscara cirúrgica – tanto paciente como profissional da saúde.

Isolamento por aerossol

No caso do isolamento por aerossol, os cuidados devem ser maiores. A intenção é impedir o avanço de microrganismos menores que 5 microns, com capacidade de ficarem suspensos no ar e se dispersarem por longas distâncias. É o caso da varicela, do sarampo e da tuberculose, por exemplo.

Além das precauções padrão citadas acima, a porta do quarto privativo se mantém sempre fechada. Antes de entrar no ambiente, é exigido o uso de máscara profissional (N-95).

Estrutura física dos quartos privativos em UTI

resolução RDC nº 50
, de 21 de fevereiro de 2002, do Ministério da Saúde, estabelece as regras para planejamento, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos de saúde. Conforme o regramento, toda Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) deve prever um quarto de isolamento para cada dez leitos.

Para UTIs com leitos dispostos em quartos privativos, painéis de vidro são utilizados para facilitar a observação dos pacientes. É necessário a instalação de uma central de monitoramento no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiográfica e frequência cardíaca. A dimensão mínima é de 12 metros quadrados, com distância de um metro entre paredes e leito, exceto a cabeceira.

No quarto de isolamento, são exigidos os seguintes espaços: antecâmara e lavatório exclusivo para uso da equipe de assistência; bancada com pias de despejo; banheiro privativo; área específica para recipientes estanques de roupa limpa e suja; e lavatório. Os projetos devem considerar a necessidade de salas de isolamento com pressão positiva e negativa.